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  • Foto do escritorMiriam Runge

NEUROBUSINESS e ARQUITETURA

Atualizado: 10 de jun. de 2021


A arquitetura, enquanto determinante da arte, construção e desenho das cidades primitivas e modernas, bem como fator importante no cenário do desenrolar da vida humana, acontece desde a antiguidade e dos mais remotos e primitivos povoados.

Quando o homem começa a se organizar em grupos, cidades e também em sociedades, ele usa os recursos disponíveis tanto da natureza quanto da arquitetura, para delimitar e constituir seus espaços.

Assim também ocorre com o comércio e a troca: desde que o homem começa a se reconhecer como indivíduo integrante de um grupo, a sociedade cada vez mais organizada, inicia uma troca sem fim de produtos e serviços que culminam por formar, após vários séculos, a sociedade de consumo que conhecemos atualmente.


Toda e qualquer ação do passado, de estabelecimento da sociedade, ou de seus grupos, passou pelo comércio e pela arquitetura dos locais. O mercado era, no passado, e ainda é até os dias mais atuais, um local que se vai com o objetivo de encontrar os mais diversos produtos necessários para a vida diária. E assim nasce, desde muito tempo, uma relação do local (arquitetura) com o que nele acontece (comércio).

O cenário propício é um facilitador para estas trocas. E isso foi assim desde sempre.



Mas o que é então o NEUROBUSINESS e como ele se relaciona com a arquitetura?

O Neurobusiness pode ser entendido como sendo uma ramificação das neurociências comportamentais que estudam a interpretação cerebral aos estímulos externos, instintos e sentimentos, gerando assim reações e comportamentos. Seu propósito é aplicar estes estudos ao campo dos negócios e estimar ou prever a possível reação da maioria das pessoas quando submetidas a determinados estímulos. Estes “negócios” aqui citados podem ser, tanto as nossas relações de consumo quanto nossas relações corporativas ou até mesmo pessoais. No final tudo o que fazemos está relacionado com o consumo, comer, estudar, se deslocar, se vestir...

E uma vez que entendemos quais estímulos causam determinada reação em nosso cérebro, podemos alterar, ampliar ou inibir este estímulo, causando também uma prevista e quase calculada reação.


Nossos ambientes podem ser fortes causadores ou inibidores destas sensações, seja por sua composição espacial, uso de estímulos sensoriais como o olfato , as cores e sons, ou até mesmo através da luz , sua temperatura , intensidade, se é direta ou indireta.

Modernas tecnologias de construção permitiram ao homem aumentar seus enormes edifícios em altura, em técnicas e também em sua atratividade. O que antes era um espaço chamado de “mercado”, na praça central, quase a céu aberto, ou uma pequena galeria com poucos atrativos , no centro das cidades, se transformou em grandes templos de consumo, os shoppings centers e com o surgimento deles as relações de consumo também mudaram.

Nesses locais é possível encontrar um sem número de produtos e facilidades, estacionamentos climatizados e longos e agradáveis corredores finamente decorados. Comprar não é mais apenas comprar, mas se transformou em passear e se divertir, encontrar pessoas e também se informar.


Citando cases atuais desse processo, em janeiro de 2018, foi inaugurada em Seattle – Estados Unidos (EUA), após um ano de testes com sua própria equipe de projetistas, a Amazon Go, uma loja sem caixas, sem atendentes, sem filas. Tudo está ao alcance das suas mãos e um sistema de aplicativos no celular registra o que entra em sua sacola. Ao sair você apenas concorda com a cobrança e vai embora feliz com suas compras.

A arquitetura aliada à tecnologia e ao conceito grab and go transformou este o local de compras em um ambiente agradável, uma experiência única onde não apenas é possível comprar mas também economizar tempo: não queremos mais demandar energia e tempo nas enormes filas dos caixas...uma vez definida a compra queremos ir embora, não é mesmo?


Ou você não se sentiria mais à vontade em um local assim? Imagine uma loja conceito, cheia de mercadorias interessantes que você coloca na sacola e leva embora?

Este conceito já foi implantado no Brasil e em breve os inúmeros espaços que frequentamos serão mais divertidos, sensoriais, de fácil entendimento e muito tecnológicos!

Isso é Neurobusiness e Neuroarquitetura!!



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